quinta-feira, 26 de março de 2009
Lula Queiroga, olhando o movimento.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Vanguart em Recife, marcado e desmarcado.
terça-feira, 24 de março de 2009
Just a Fest - Just a Moment
Não tive oportunidade de ir a algumas dessas cidades, porém, graças ao Multishow – que transmitiu o show de São Paulo pela internet e televisão, e notícias divulgadas, consegui alguma noção do que foi esse mega-evento.
Quase 20 anos de espera desde sua criação, Radiohead, uma das bandas mais cultuadas dos anos 90, fez um show impecável, com um setlist de 25 músicas (com a ausência de hits como “Fake Plastic Trees” e “High and Dry”), para uma média de 30mil pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O cenário com um jogo de luzes e cores psicodélicas, foi fora do sério. Música e arte de alto bom gosto.
Em ambas cidades, o festival começou pontualmente e a Radiohead entrou no palco às 22:30min, com direito a Thom Yorke soltando uns “Boa Noite” em portguês.
A Radiohead deixou o Brasil com a capacidade de que o rock pode se reinventar.
Entre Los Hermanos e Radioread, teve a apresentação de perfeita conexão entre sons e imagens projetadas pelo Kraftwerk. Eles reescreveram a história da música eletrônica com um show feito por quatro laptops e um conceito tecno-futurista próprio da banda: a mistura entre o homem e a máquina. Após 40 anos de existência, eles ainda continuam modernos e hypes na cena eletrônica pela Alemanha à fora.
Mas tudo começou pontualmente às 19h, com o Los Hermanos. Inativos desde abril de 2007, com cada um dos membros em trabalhos distintos – Camelo com projeto solo; Amarante com a Litte Joy; Medina com Adriana Calcanhotto; Barba com a banda Canastra, eles se juntaram novamente para fazer uma volta e um último show (tudo é motivo de: último show da carreira de...), ao mesmo tempo, da banda. A “volta” foi em um evento que geralmente teve um lucro muito grande para os Hermanos, já que as apresentações...É, como fã e telespectadora de um show transmitido pela televisão e frustada por não ter assistido ao vivo, senti que foi muito mais lucro do que vontade de “voltar” mesmo. Bem, não é uma opinião única. Andei olhando os comentários pós-show e vi que muitos ficaram com esse sentimento de “deixou desejar”.
Com os primeiros acordes de “Todo Carnaval tem seu Fim”, o público foi ao delírio. Mas a vibe dos Hermanos já era outra. Era visível. Os altos e baixos entre Camelo e Amarante também era perceptível até para os leigos. Camelo dizia: “É muito bom estar aqui com vocês hoje”. Amarante soltava uns frios e secos “Obrigado”. O setlist foi lindo, pelo menos isso. 18 músicas e “Cher Antonie” inserida nelas. Lindo, muito lindo! O entrosamento da banda definiu o que nós, fãs, menos desejávamos: Um dia tudo acaba e o encanto quebra! É isso. Deixa cada um seguir seu caminho e assim será. Pelo menos, poderemos dizer no futuro que tivemos uma banda que marcou nossas vidas.
Enquanto isso segue um trecho que Medina publicou em seu blog no sábado (21), logo após a primeira apresentação no Rio de Janeiro:
“Passei aqui rapidinho porque não consegui resistir à tentação de dividir com vocês minhas impressões sobre o show de ontem. Foram tantas as sensações, do início até o fim da noite, que eu poderia escrever páginas e páginas sem hesitar. O bom senso, no entanto, me recomenda poupá-los ao menos das considerações deste fã do Radiohead.(...)Quanto ao nosso show, permitam-me mais uma vez agradecer imensamente a todos que possibilitaram este inesquecível reencontro. Faltam-me palavras para descrever a emoção de tocar de novo aquelas músicas, de ouvir o coro em uníssono de nossos fãs entoando os já conhecidos versos. Adorei a experiência de tocar “Cher Antoine” pela segunda vez na vida (se alguém tiver prova de outras execuções, por favor me corrijam).
Poderia sintetizar a noite passada como um daqueles momentos em que a própria vida parece um filme, como quando assistimos quase inebriados ao desenrolar dos acontecimentos. Tudo foi perfeito, a exceção de dois pormenores: a desconfiança de que a ordem do roteiro não favoreceu algumas músicas e a chateação que foi descobrir, ao final do show, que havia uma limitação imposta ao volume de nossa apresentação, por sermos a banda de abertura. Infelizmente o fato não chega a ser novidade no Brasil quando bandas nacionais e estrangeiras dividem o mesmo palco.”
É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê...
domingo, 22 de março de 2009
Discografias, a ressurreição.
Para os órfãos da comunidade do Orkut, Discografias, que passaram esta última semana cheios de sentimentos e tristezas pelo seu fim, alegrem-se! Anjos enviados pelo Ser Superior se atreveram e colocaram no ar uma nova comunidade: Discografias, Sob Nova Direção.
O trabalho ainda não encontra-se finalizado, mas aos poucos nós vamos conseguir todas aquelas obras primas existente na saudosa Discografias.
Entrem, baixem e encantem-se pelos Downloads que nem Maria Bethânia!
Sou - Nós - Camelo
segunda-feira, 16 de março de 2009
Aqui jaz, Discografias.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Seu Chico e Mula Manca.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Olinda e Recife, anos de luz!
quarta-feira, 11 de março de 2009
Observa e Toca Malakoff
Neste sábado 14, às 16h, será lançado o projeto Observa e Toca Malakoff, incorporando uma programação permanente de shows, oficinas e garantindo a oportunidade para novas bandas, inserido na política cultural da Fundarpe.
Além do mais, será instalado no prédio da Torre Malakoff, a Coordenadoria de Música da Fundarpe. O objetivo dessa nova área é garantir um local para realizações de debates, fóruns setoriais de cultura e apresentações artísticas.
15h – Palestra: História da Música Pernambucana (dos anos 70 aos dias atuais). Com: Sérgio Cassiano e José Teles.
Palavra (En)cantada
Dois anos depois de muita pesquisa e filmagem de entrevistas, chega em circulação nacional nesta sexta-feira 13, o documentário Palavra (En)cantada, de Helena Solberg e Márcio Debellian. O longa teve como ponto de partida um conceito de relacionar a música e a poesia na evolução da MPB, com um roteiro construído por uma narrativa de depoimentos, performances musicais e uma rica trilha sonora, chegando a ganhar o prêmio de “Melhor Direção de Longa-Metragem Documentário” do Festival do Rio, 2008.
O encantamento começa logo na abertura do documentário. Adriana Calcanhoto entoa versos de Arnaut Daniel, numa referência aos trovadores provençais do século XII, que integravam a palavra e o som. Logo em seguida, Lenine faz um depoimento de reflexão sobre a formação cultural brasileira, com aspectos de fusão entre o erudito e o popular.
"Não tenho pretensão de ser chamado de poeta. Não sou poeta". Chico Buarque se isenta desta autoridade, instantes depois da afirmação do grande letrista Paulo César Pinheiro, quanto ao status no qual Chico faz parte. O próprio Chico Buarque ressalta o valor dos compositores sem formação literária, oriundos dos morros, como Cartola (1908 – 1980). Já Martinho da Vila, mostra uma visão crítica nos seus depoimentos sobre a violência das periferias, afirmando que ela diluiu a força poética, hoje traçada no funk e rap. Ao mesmo tempo, o rapper Ferréz, defende a vertente do rap e toda a valorização histórica: "O rap é a continuação do cordel". Levando em consideração a cultura nordestina, Arnaldo Antunes reverência os cantadores repentistas do nordeste, de uma forma singular e ousada.
Palavra (En)cantada é um documentário formado de raridades históricas. Apresenta imagens inéditas da encenação de "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Mello Neto (1920 – 1999), no Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, em 1966; restauração da gravação produzida nos anos 40, que mostra Dorival Caymmi cantando e tocando “O Mar” ao viloão, canção essa escolhida pelo próprio como a mais representativa do conjunto de sua obra; depoimento histórico de Caetano Veloso no Festival Internacional da Canção, da Record, em 1967, onde ele fala de sua inspiração ao compor “Alegria, Alegria” e ressalta o uso da guitarra na música brasilieira; afirma o papel do Tropicalismo na ruptura das tradições e o uso da liberdade poética, usufruída até hoje pelos compositores.
O filme conta com a participação de Adriana Calcanhotto, Antônio Cícero, Arnaldo Antunes, BNegão, Chico Buarque, Ferréz, Jorge Mautner, José Celso Martinez Correa, José Miguel Wisnik, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Lenine, Luiz Tatit, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Paulo César Pinheiro, Tom Zé e Zélia Duncan.
É uma festa para os olhos e ouvidos, que percorre em uma viagem histórica da relação da música com a poesia, de forma envolvente e surpreendente. Como afirmou Adriana Calcanhotto: “Não vamos cair numa discussão infértil: se poesia é mais que letra de música, se letra de música é poesia... Eu acho a vida curta, não tenho tempo para esta questão.” Então, vamos aproveitar a vida para (en)cantar a todo momento!
Um filme de: Helena Solberg e Marcio Debellian
Direção:Helena Solberg
Duração: 86 min
quarta-feira, 4 de março de 2009
Abril Pro Rock 2009
Fora dos próprios shows, o festival também realiza durante todo o mês de abril uma exposição de artes gráficas na Livraria Cultura, onde artistas de todo Brasil vão exibir e vender ao público peças com temática sobre o Abril Pro Rock.
A grande atração da sexta-feira (17) do festival é a banda inglesa mais “barulhenta” e fundamental do rock, a Mötorhead. Completando a noite lendária, as bandas Decomposed God (PE), Black Drawing Chalks (GO) e AMP (PE).
Duas atrações ainda estão indefinidas (uma para sexta e outra para o sábado) mas as opções para a abertura do show da Mötorhead, ficam entre a Devotos (PE) e a Matanza (RJ). Qual será a escolhida?
No sábado (18) Marcelo Camelo (RJ) volta ao Recife com o show do disco “Sou” (um dos mais premiados do ano de 2008), mais a Mundo Livre S/A (PE) após sete anos de APR, a Móveis Coloniais de Acaju (DF), Volver (PE), a Heavy Trash (EUA) – novo projeto de Jon Spencer e as novas apostas: Vivendo do Ócio (BA), The Keith (PE) e a vencedora do concurso Microfonia, Candeias Rock City (PE).
Agora, é esperar as novas bandas serem reveladas e todas as cores de abril voltadas para o rock!
PROGRAMAÇÃO ABRIL PRO ROCK 2009
17 de Abril (sexta)
Serviço:
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Salve o Carnaval e a Torcida
A cidade treme desde dezembro. Prévias, blocos de rua, encontros de troças, fantasias saindo dos baús, confetes e serpentinas colorindo com alegria as almas perfumadas. Esse é o Carnaval de múltiplos adjetivos de Recife e que todo mês de fevereiro se encontra de braços abertos ao folião.
Neste ano um ritmo diferente dominou todos os pólos, pontes e ladeiras: a chuva! Ela veio com tudo para lavar as almas, esquentar os pensamentos ruins, e animar ou entristecer aqueles que ficaram amedrontados com a ornamentação do céu (diga-se de passagem os trovões e relâmpagos).
A abertura do Carnaval na sexta-feira foi encantadora. Naná Vasconcelos e as nações de maracatu, abriram a noite com a jovialidade erudita de Vitor Araújo e a eterna modernidade de Caetano Veloso. Sem lenço e sem documento, frevos de bloco se misturaram a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério e logo depois o palco foi completado por Miucha com seu sorriso aconchegante. Mas o que fechou a noite e voou entre as cores das asas da nova américa, foi o projeto liderado por Ortinho, a Nave do Frevo, que junto a artistas como Lula Queiroga, Junio Barreto, Fábio Trummer, China, Silvério, Fred 04, Mônica Feijó e Isaar, transformaram as canções do homenageado Carlos Fernando em um tempo folião. Com uma releitura dos clássicos do “Asas da América”, eles apresentaram ao público o frevo que pode sim, ser ouvido e sentido de outra maneira além dos dias de do reinado de Momo, transformando o universo com o sopro da melodia mas característica e verdadeira de Pernambuco.
O sábado de Zé Pereira foi repleto de chuva e fez com que a estrutura e o som do palco principal do Marco Zero fosse abalada, chegado ao chegado ao cancelamento das apresentações de Elba Ramalho, Silvério com Fernanda Abreu e Antônio Carlos Nóbrega. Porém, a nova data para esses shows já foi remarcada (dia 13 de março, representando as festividades do aniversário de Olinda e Recife, no mesmo palco do Marco Zero).
Mas fica uma pergunta no ar: Será que realmente o tempo que foi o causador do desastre ou o projeto de palco não foi bem planejado? Os gastos da construção foram altíssimos, a equipe de organização veio de fora do Recife... É, espero que tenha sido a chuva mesmo!
Aos que se atreveram a continuar no Recife Antigo e enfrentaram a chuva torrencial e assitiram ao show de Dj Dolores e Gogol Bordello (Ucrânia) – banda multietinica que mistura um punk folk cigano, e ficou no lugar de Afrika Bambaataa após o cancelamento de seus shows pelo Brasil. Aproveitando a passagem de Eugene Hütz pelo carnaval Multicultural, a produção do Rec Beat o incluiu dentro do festival e a noite do sábado ficou marcada por tanto swingue indefinido (embora muito mais teatral e um dj soltando o som) e mais uma vez chuva, muita chuva!
No domingo a chuva deu uma trégua e logo às 4hrs da tarde, o palco do Rec Beat estava lotado de gente para ver o Quanta Ladeira. Sem muito compromisso, Lula Queiroga, sua trupe e uma boa quantidade de convidados (só esse ano entre prévia e apresentação, passou Caetano Veloso, Moska, Junio Barreto, Otto, Pitty, Nelson Motta...) se unem e colocam o verbo (ou os palavrões) pra fora enre paródias bem elaboradas, dos principais acontecimentos que se tornaram manchetes em todo Brasil e mundo a fora, transformando em hino por durante um bom tempo. O “Quanta is Over?”, acho que não!
Há um bom tempo atrás, o domingo de Carnaval é marcado pelas melhores programações. Tanto no palco principal do Marco Zero como o palco Mangue do Rec Beat. E esse ano não foi diferente.
No Marco Zero teve Mundo Livre S/A com sua galera e Manu Chao (que na segunda-feira apresentaria num dos pólos descentralizados seu novo show completo – La Radiolina) mostrando que a arte de mexer vem desde do tempo da pedra lascada. Logo depois teve o show de Lenine. Seguindo em turnê com seu novo show, Labiata, ele mostrou aos foliões uma pegada mais rock’n’roll - praireira e os convidou a serem a participação especial do show, afirmando que sempre trás participações especiais de grandes nomes, mas que este ano ao completar 50 anos no último dia 2 de fevereiro, resolveu nos contemplar com esse presente colocando grandes sucessos no seu setlist. Ao mesmo tempo que rolava o show de Lenine no Marco Zero, o Rec Beat já tinha recebido o Vitor Araújo e estava em palco a Eddie e seu Carnaval no Inferno. Embora com mais de 15 anos de vida, a Eddie é uma banda que vem alcançando seus espaços agora entre Recife-Olinda a fora. Tendo Fábio Trummer como um grande letrista, a banda evolui a cada apresentação e faz com que o público se tornem parte da banda por serem tão envolventes suas apresentações. Todos que assistiram ao show, com certeza sambaram como nunca tinham sambado!
Mas ainda tinha o esperado show da Nação Zumbi junto a Siba e a Fuloresta. O último show da noite do palco principal, levou todos ao som das alfaias e riffs de uma banda que carrega de fato toda a escência que saiu da lama para a fama e hoje está aí independente e mais autentico.
Além das obras de Cícero Dias (outro homenagiado do Carnaval Multicultural 2009) que davam cores e formas nas ruas do Recife Antigo, a chuva foi a principal ornamentação do ínicio da noite. Ainda bem que nenhum show chegou a ser cancelado (embora no polo da Várzea com Silvério e Lenine) e em torno das 22hrs, no palco do Rec Beat, Silvia Machete e toda sua ‘carioquisse’ encantavam aos poucos animados que enfrentaram o caos da chuva. Como se esperava, ela mostrou a todos sua irreverencia própria, canções meio bossa nova e rock’n’roll e uma presença de palco pra lá da Big Apple.
Um samba meu, seu, nosso. A segunda-feira foi embalada pelo samba e em torno das 3hrs da manhã, Maria Rita sobe ao palco do Marco Zero. Um público enorme a espera de sua simpatia tímida, suavidade charmosa e toda malemolência de uma artista que com certeza é completa. Apresentando um dos melhores shows do carnaval, Maria Rita anestesiou todos os corações apaixonados e embalou todos os sujeitos que gostam de samba.
“Amahã tudo volta ao normal. Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar...” Isso mesmo! A terça-feira chegou tão rápida, entre shows e clima de descontração, que a vontade de todo folião era aproveitar ao máximo o último dia de folia.
Logo cedo, aconteceu uma sequencia de shows muito bons no Pátio de São Pedro: Eddie, Academia da Berlinda e China com participação de Nina Becker, Marina de La Riva e Zé Cafofinho. Foi simplesmente “completo”. Todos que estavam lá eram de fato apreciadores dos artistas, tornando o ambiente mágico e único. Eddie entrou no palco primeiro e desequilibrou a todos fazendo até, um cover de Nantes – Beirut. A Academia da Berlinda tocou tão introsado com seus “pintinhos de saia” que merecia mais horas de baila, baila. China mais uma vez mostrou que é a jóia mais preciosa de todas. Com uma apresentação forte, ele entrou de Cupido e trouxe o amor de Nina Becker e os ojos malignos de Marina de La Riva, fazendo uma mini confraria das sedutoras.
Do Pátio de São Pedro direto para as ruas do Rec Beat, a noite era de 10 anos de Cordel do Fogo Encantado. O calor da multidão que recebia a banda, era acolhedor. Lirinha entrou no palco colocando o sentimento de todos para fora, fazendo do ritmo do corpo o mesmo de suas percussões e chamou Canibal (Devotos) ao palco para divir uma música com todo um valor histórico, A Matadeira. O show foi completo de harmonia da banda com o público e terminou com pandeiro e alfaia pelos ares.
Mas ainda tinha a Apoteose, os fogos de artificio colorindo o céu, todos os artistas que passaram pelos palcos de multi-cor-cultura-som reunidos numa só voz. O Marco Zero realmente deixou o dia raiar!
Carnaval agora, só no ano que vem.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
RecBeat sem Afrika Bambaata
"Que a paz esteja com vocês,
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Música, Circo e Silvia Machete
Ao falar de uma artista completa, a Silvia pode ser incluída. Ela dança, canta, sapateia, faz de tudo um pouco.
Nascida no Rio de Janeiro, trocou todos os ares tropicais do Brasil para viver em Nova Iorque. Lá na Big Apple, junto aos seus 20 bambolês e o violão, ganhou o picadeiro à fora pendurada num trapézio, fazendo malabarismos e palhaçadas. Isso mesmo, as raízes dela vêm do circo, onde já rodou cerca de 30 países comendo banana e divertido a platéia.
Com todo esse universo circense de suas apresentações, Silvia Machete é dona de uma malemolência agradável e uma voz suave que se mistura com todos os humores de suas canções. Um toque novo de samba e bossa nova, rock-pop e bolero, ela é super contemporânea e uma das grandes revelações femininas (junto a Céu, Marina de La Riva, Nina Becker, Roberta Sá...) da classe moderna da MPB.
Em 2006, foi lançado o cd “Bomb of Love – Música Safada para Corações Românticos”. Nele, Silvia mistura canções próprias (2 hot 2 b romantic) e releituras divertidas de Roberto e Erasmo (Gente Aberta), Sergio Sampaio (Foi Ela) e Guns & Roses (Sweet Child of Mine). Sem falar no time de músicos que foi escolhido para esta bomba de amor: Nelson Jacobina (guitarra), Domenico Lancellotti (bateria), Stephane San Juan (percussão), Rodrigo Bartolo (baixo), Rubinho Jacobina (teclados) e Tiago Schardong (trompete). Em 2008, foi lançado o DVD “Eu não sou nenhuma Santa”, onde o público pode de fato, apreciar toda a irreverência de seu talento contagiante.
Além dessa parte “cantora completa”, Silvia Machete também se divide entre o grupo Doces Cariocas. Um grupo de amigos compositores que se juntaram para mostrar que não é só antigamente que se fazia música de qualidade, novas e bárbaras, num lançamento pra lá de sensível e verdadeiro. Mas quanto aos Doces Cariocas, eu me prolongo em outro momento.
Agora é esperar a magia da Silvia nos palcos do Carnaval Multicultural 2009. Enquanto o dia não chega, apresento um pouco mais dela a vocês:
Myspace: http://www.myspace.com/silviamachete
Site: http://www.silviamachete.com/
Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=4zeIkgZOSkk
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
RecBeat 2009: Uma Janela para a Música do Mundo
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Não é justo, mas é certo!
102 fevereiros de frevo.
É frevo de canção, de bloco, de rua. É frevo do mundo.
Frevo, ferver, fanfarra, agitar, misturar. Ritmo de um e de todos.
Seja dançando, seja ouvindo. O frevo é contagiante, é o marco da cultura pernambucana, é um povo que se liberta não só em quatro dias de folia.
Invade a cabeça, o corpo, embala os pés. É um jogo de alegria contagiante.
Dança instrumental, marcha em tempo binário e andamento rapidíssimo. Assim o ensaísta Mário de Andrade sumariza o frevo em seu Dicionário Musical Brasileiro (Editora Itatiaia, reedição, 1989).
Ao soar dos clarins, o frevo começa e não quer mais parar. São 102 anos de sentimento, musicalidade, cores, passos e compassos.
Dos bumbos do maracatu, da tesoura da capoeira, dos estandartes no ar. O frevo tem um significado religioso, igualmente a uma romaria em devoção ao santo mais poderoso.
Os santos do Frevo têm outros nomes. São mestres, poetas e lendários. Capiba, Nelson Ferreira, Carlos Fernando, J. Michiles, Edgar Moraes, Alceu Valença.
Capiba já afirmou que Pernambuco tem uma dança que nenhuma terra tem. Dança e música, por completo.
Alceu Valença já mandou rodar e avisar. Entre ladeiras, batuques e sonhos de valsa, ele se tornou a expressão viva do frevo.
Nos guardamos psicologicamente o ano inteiro, até chegar fevereiro. Os dias passam, todos desatinam ao chegar na terça-feira ingrata e no amanhã que já volta ao normal.
O frevo continua. Mas um dia ele acabar, juro que vou chorar!
Além do que se vê
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Interconexões Multiculturais
O Governo do Estado junto ao Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), abre as portas da cultura a semana pré-carnavalesca com diversidades plurais em 14 pólos distribuídos no interior e região metropolitana, além de apoiar a folia em municípios das 12 Regiões do Estado.
A programação do Pólo montado no Fortim de Olinda, no bairro do Carmo, acontece dos dias 13 a 18, com artistas de todos os ritmos e batuques.
Programação:
Sexta-feira (13): Orquestra Jaguar - Rabeca Encantada - Orquestra Popular do Recife
Sábado (14): Mantigueiros - Junio Barreto - Mart’nália
Domingo (15): Mesa de Samba Autoral - Velha Guarda da Mangueira - Arlindo Cruz
Segunda-feira (16): Bongar - Siba e a Fuloresta - Marcelo D2
Terça-feira (17): Ska Maria Pastora - Dj Dolores e Guitarradas - Moraes Moreira
Quarta-feira (18): Steel Band - Demônios da Garoa - Paulinho da Viola
*Obs: Cientes de que a programação começa exatamente no horário marcado, a partir das 19hrs.
A Fundarpe também disponibilizou um site para os foliões antenados a banda larga. O http://www.carnavaldepernambuco.com/ reune todas as programações e informações necessárias promovidas pelo Governo do Estado em prol da população carnavalesca.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Pernambuco Cantando para o Mundo
Alô, fevereiro.
Na manhã desta terça-feira (03), foi realizada uma coletiva de imprensa no Clube das Pás (Campo Grande), onde o prefeito do Recife, João da Costa, junto a secretários e assessores executivos, músicos e artistas pernambucanos, produtores culturais, vereadores, jornalistas e representantes dos patrocinadores do Carnaval Multicultural 2009, divulgaram a programação completa dos dias de folia.
Tudo começa dia 20 de fevereiro, com a Apoteose regida por Naná Vasconcellos e convidados, e entrega da chave pelo prefeito da cidade ao Rei e Rainha do carnaval 2009 e segue até dia 24. Serão cerca de 320 artistas – locais, nacionais e internacionais, 363 agremiações e 16 pólos distribuídos nos bairros da cidade.
A decoração é assinada pelo arquiteto Carlos Augusto Lira e voltada aos ilustres homenageados – Cícero Dias, Carlos Fernando e Enéas Freire (fundador do Galo da Madrugada), com conteúdo histórico e colorido como o frevo.
Multi-cor, multi-som. Nos quatro dias de pula ponte e sobe/desce ladeira, artistas como Caetano Veloso, Miucha, Maria Rita, Pitty, Fernanda Abreu Manu Chão, Afrika Bambaataa, Nação Zumbi, Nina Becker, Cordel do Fogo Encantado, Eddie, Lenine, Lula Queiroga...nomes de grande peso!
Confira a grade de programação feita pela prefeitura:
http://www.recife.pe.gov.br/2009/02/03/prefeito_divulga_programacao_do_carnaval_2009_165624.php
Pode chegar que a festa vai começar agora!
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Naná, lá e cá.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
As flores voam e voltam noutra estação.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Tem Juízo Mas Não Usa
o que eu queria ter ouvido, você não disse
junta tudo de nós dois
chega no mar
e joga
no raso também se afoga
você me empurrou do navio
eu fui levado na onda
vim bater numa ilha de silêncio e de sombra
o que era chama de amor,
agora é chama de palha
e eu vou morrendo na praia
o vento vem no meu olho
tempestade de areia
a lua acende oceano,
horizonte clareia
deixa a maré me levar pra longe, longe, longe...
onde a memória me foge
eu tô dançando no escuro
com vagalumes em volta
uma corrente de amor te desprende, se solta
eu tô ouvindo sereias, lavadeiras, cirandeiras,
me levam pro meio da roda
e deixa a roda girar pra longe, longe, longe...
como o demônio me foge
e deixa a roda girar pra longe, longe, longe...
onde a memória se esconde"
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Som na Rural com Eddie
Ato - Janeiro de Grandes Espetáculos
ATO mostra quatro vagabundos esquecidos e marginalizados pelo tempo, enclausurados numa imobilidade circular de páginas amareladas de jornais e malas antigas. Num universo em que o sol quente os castiga, torrando-lhes o corpo e a mente, a vida sem esperança segue numa serie de repetições onde o jogo de poder é o que prevalece. Em meio a um ambiente denso, a magia lúdica do palhaço dá poesia à vida.
ROTEIRO: Grupo Magiluth
ENCENAÇÃO : Júlia Fontes e Thiago Liberdade
ELENCO: Giordano Castro, Marcelo Oliveira,
Lucas Torres , Thiago Liberdade
DIREÇÃO DE ARTE: Júlia Fontes
DESENHO DE SOM: Hugo Souza
OPERADOR DE SOM: Júlia Fontes
DESENHO DE LUZ: Pedro Vilela
DESIGN GRÁFICO E FOTOGRAFIA: Guilherme Luigi
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Pedro Vilela
REALIZAÇÃO: Grupo Magiluth
DURAÇÃO: 45 minutos
FAIXA ETÁRIA: Livre
Apresentação
no Teatro Armazém 14
dia 28 de Janeiro (quarta) - às 19h
Festival Janeiro de Grandes Espetáculos
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Little Joy no Recife
Little Joy em solos brasileiros
Trela Gorda
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Atirador tarda mas não falha!
Agora chegou a vez do "Tem Juízo mas Não Usa", novo projeto a ser lançado por Lula Queiroga depois de 5 anos fora do mercado fonográfico.
Tudo começou com Baque Solto (1983), LP feito em parceria com Lenine. Depois veio Aboiando a vaca mecânica (2001), vencedor de diversos prêmios, incluindo APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como O Melhor Álbum do Ano. Em seguida, Azul Invisível Vermelho Cruel (2004) pelo crítico Jacques Denis como um dos dez melhores cd's do mundo no ano de 2004, e também Prêmio Unesco de Fomento à Arte como melhor show do Mercado Cultural de Salvador.
Divulgado em seu próprio MySpace, o show de lançamento acontecerá dia 13 de março, no Teatro da UFPE. Lula convoca o público a enviar fotos em 1024 x 768 pixel, 72 dpi para o email lulaqueiroga@gmail.com. Elas vão fazer parte do cenário do seu novo show que ainda estar em processo de conclusão.
MySpace: http://www.myspace.com/lulaqueiroga