Neste último final de semana, aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo o Just a Fest. Festival que com certeza vai ficar marcado tal qual grandes shows que já passaram em solos brasileiros e se nova oportunidade rolar, irá fazer parte do calendário de eventos do país. Essas duas cidades foram a base para as apresentações de Radiohead, Kratwerk e a volta-fim dos Los Hermanos.
Não tive oportunidade de ir a algumas dessas cidades, porém, graças ao Multishow – que transmitiu o show de São Paulo pela internet e televisão, e notícias divulgadas, consegui alguma noção do que foi esse mega-evento.
Quase 20 anos de espera desde sua criação, Radiohead, uma das bandas mais cultuadas dos anos 90, fez um show impecável, com um setlist de 25 músicas (com a ausência de hits como “Fake Plastic Trees” e “High and Dry”), para uma média de 30mil pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O cenário com um jogo de luzes e cores psicodélicas, foi fora do sério. Música e arte de alto bom gosto.
Em ambas cidades, o festival começou pontualmente e a Radiohead entrou no palco às 22:30min, com direito a Thom Yorke soltando uns “Boa Noite” em portguês.
A Radiohead deixou o Brasil com a capacidade de que o rock pode se reinventar.
Entre Los Hermanos e Radioread, teve a apresentação de perfeita conexão entre sons e imagens projetadas pelo Kraftwerk. Eles reescreveram a história da música eletrônica com um show feito por quatro laptops e um conceito tecno-futurista próprio da banda: a mistura entre o homem e a máquina. Após 40 anos de existência, eles ainda continuam modernos e hypes na cena eletrônica pela Alemanha à fora.
Mas tudo começou pontualmente às 19h, com o Los Hermanos. Inativos desde abril de 2007, com cada um dos membros em trabalhos distintos – Camelo com projeto solo; Amarante com a Litte Joy; Medina com Adriana Calcanhotto; Barba com a banda Canastra, eles se juntaram novamente para fazer uma volta e um último show (tudo é motivo de: último show da carreira de...), ao mesmo tempo, da banda. A “volta” foi em um evento que geralmente teve um lucro muito grande para os Hermanos, já que as apresentações...É, como fã e telespectadora de um show transmitido pela televisão e frustada por não ter assistido ao vivo, senti que foi muito mais lucro do que vontade de “voltar” mesmo. Bem, não é uma opinião única. Andei olhando os comentários pós-show e vi que muitos ficaram com esse sentimento de “deixou desejar”.
Com os primeiros acordes de “Todo Carnaval tem seu Fim”, o público foi ao delírio. Mas a vibe dos Hermanos já era outra. Era visível. Os altos e baixos entre Camelo e Amarante também era perceptível até para os leigos. Camelo dizia: “É muito bom estar aqui com vocês hoje”. Amarante soltava uns frios e secos “Obrigado”. O setlist foi lindo, pelo menos isso. 18 músicas e “Cher Antonie” inserida nelas. Lindo, muito lindo! O entrosamento da banda definiu o que nós, fãs, menos desejávamos: Um dia tudo acaba e o encanto quebra! É isso. Deixa cada um seguir seu caminho e assim será. Pelo menos, poderemos dizer no futuro que tivemos uma banda que marcou nossas vidas.
Enquanto isso segue um trecho que Medina publicou em seu blog no sábado (21), logo após a primeira apresentação no Rio de Janeiro:
“Passei aqui rapidinho porque não consegui resistir à tentação de dividir com vocês minhas impressões sobre o show de ontem. Foram tantas as sensações, do início até o fim da noite, que eu poderia escrever páginas e páginas sem hesitar. O bom senso, no entanto, me recomenda poupá-los ao menos das considerações deste fã do Radiohead.(...)Quanto ao nosso show, permitam-me mais uma vez agradecer imensamente a todos que possibilitaram este inesquecível reencontro. Faltam-me palavras para descrever a emoção de tocar de novo aquelas músicas, de ouvir o coro em uníssono de nossos fãs entoando os já conhecidos versos. Adorei a experiência de tocar “Cher Antoine” pela segunda vez na vida (se alguém tiver prova de outras execuções, por favor me corrijam).
Poderia sintetizar a noite passada como um daqueles momentos em que a própria vida parece um filme, como quando assistimos quase inebriados ao desenrolar dos acontecimentos. Tudo foi perfeito, a exceção de dois pormenores: a desconfiança de que a ordem do roteiro não favoreceu algumas músicas e a chateação que foi descobrir, ao final do show, que havia uma limitação imposta ao volume de nossa apresentação, por sermos a banda de abertura. Infelizmente o fato não chega a ser novidade no Brasil quando bandas nacionais e estrangeiras dividem o mesmo palco.”
Não tive oportunidade de ir a algumas dessas cidades, porém, graças ao Multishow – que transmitiu o show de São Paulo pela internet e televisão, e notícias divulgadas, consegui alguma noção do que foi esse mega-evento.
Quase 20 anos de espera desde sua criação, Radiohead, uma das bandas mais cultuadas dos anos 90, fez um show impecável, com um setlist de 25 músicas (com a ausência de hits como “Fake Plastic Trees” e “High and Dry”), para uma média de 30mil pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O cenário com um jogo de luzes e cores psicodélicas, foi fora do sério. Música e arte de alto bom gosto.
Em ambas cidades, o festival começou pontualmente e a Radiohead entrou no palco às 22:30min, com direito a Thom Yorke soltando uns “Boa Noite” em portguês.
A Radiohead deixou o Brasil com a capacidade de que o rock pode se reinventar.
Entre Los Hermanos e Radioread, teve a apresentação de perfeita conexão entre sons e imagens projetadas pelo Kraftwerk. Eles reescreveram a história da música eletrônica com um show feito por quatro laptops e um conceito tecno-futurista próprio da banda: a mistura entre o homem e a máquina. Após 40 anos de existência, eles ainda continuam modernos e hypes na cena eletrônica pela Alemanha à fora.
Mas tudo começou pontualmente às 19h, com o Los Hermanos. Inativos desde abril de 2007, com cada um dos membros em trabalhos distintos – Camelo com projeto solo; Amarante com a Litte Joy; Medina com Adriana Calcanhotto; Barba com a banda Canastra, eles se juntaram novamente para fazer uma volta e um último show (tudo é motivo de: último show da carreira de...), ao mesmo tempo, da banda. A “volta” foi em um evento que geralmente teve um lucro muito grande para os Hermanos, já que as apresentações...É, como fã e telespectadora de um show transmitido pela televisão e frustada por não ter assistido ao vivo, senti que foi muito mais lucro do que vontade de “voltar” mesmo. Bem, não é uma opinião única. Andei olhando os comentários pós-show e vi que muitos ficaram com esse sentimento de “deixou desejar”.
Com os primeiros acordes de “Todo Carnaval tem seu Fim”, o público foi ao delírio. Mas a vibe dos Hermanos já era outra. Era visível. Os altos e baixos entre Camelo e Amarante também era perceptível até para os leigos. Camelo dizia: “É muito bom estar aqui com vocês hoje”. Amarante soltava uns frios e secos “Obrigado”. O setlist foi lindo, pelo menos isso. 18 músicas e “Cher Antonie” inserida nelas. Lindo, muito lindo! O entrosamento da banda definiu o que nós, fãs, menos desejávamos: Um dia tudo acaba e o encanto quebra! É isso. Deixa cada um seguir seu caminho e assim será. Pelo menos, poderemos dizer no futuro que tivemos uma banda que marcou nossas vidas.
Enquanto isso segue um trecho que Medina publicou em seu blog no sábado (21), logo após a primeira apresentação no Rio de Janeiro:
“Passei aqui rapidinho porque não consegui resistir à tentação de dividir com vocês minhas impressões sobre o show de ontem. Foram tantas as sensações, do início até o fim da noite, que eu poderia escrever páginas e páginas sem hesitar. O bom senso, no entanto, me recomenda poupá-los ao menos das considerações deste fã do Radiohead.(...)Quanto ao nosso show, permitam-me mais uma vez agradecer imensamente a todos que possibilitaram este inesquecível reencontro. Faltam-me palavras para descrever a emoção de tocar de novo aquelas músicas, de ouvir o coro em uníssono de nossos fãs entoando os já conhecidos versos. Adorei a experiência de tocar “Cher Antoine” pela segunda vez na vida (se alguém tiver prova de outras execuções, por favor me corrijam).
Poderia sintetizar a noite passada como um daqueles momentos em que a própria vida parece um filme, como quando assistimos quase inebriados ao desenrolar dos acontecimentos. Tudo foi perfeito, a exceção de dois pormenores: a desconfiança de que a ordem do roteiro não favoreceu algumas músicas e a chateação que foi descobrir, ao final do show, que havia uma limitação imposta ao volume de nossa apresentação, por sermos a banda de abertura. Infelizmente o fato não chega a ser novidade no Brasil quando bandas nacionais e estrangeiras dividem o mesmo palco.”
É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê...
3 comentários:
Vai soar de maneira brega e piegas mas, literalmente, TODO CARNAVAL TEM SEU FIM.
o show de Los Hermanos teve alma de último show, de verdade.
Senti isso a cada música, e em especial na expressão da banda.
mas Radiohead e Kraftwerk foram impecáveis.
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