segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Rolezinho musical

Vivemos em um Brasil onde cultura e política caminham lado a lado, de mãos dadas. A arte influência a história, que assim, cronologicamente, se repete a cada mudança de década. De todas as expressões artísticas, a música é uma das criações que mais mexe com os cinco sentidos do ser humano. É a fala para os olhos e o toque da pele para os ouvidos. Tudo isso com cheiro de lembrança que traduz a luta de um povo e conquista de um mundo que não precisa ser perfeito, mas apenas justo.
                  O jovem representa a camada catalizadora de informação da construção de uma sociedade, onde os filtros têm embasamentos criteriosos e revolucionários. Durante metade da década de 60 e início dos anos 70, tivemos um país em transformação político-social, onde a ditadura, censura e repreensão, foram decisivos para a mudança de um Brasil militar. Dentro desta época, jovens e artistas se juntaram para colocar o bloco na rua e modificar essa situação alarmante em que viviam. Era invasão e criação ao mesmo tempo, em busca da liberdade de viver na antropofagia brasileira. Eles organizaram o movimento, lutaram contra a política e se tornaram porta voz de uma nação. Nesta época, a cantora baiana Gal Costa, apresentava seu disco “Gal Fa-tal / A Todo Vapor” e cantava em uma grande temporada na arena do Teatro Tereza Rachel, Rio de Janeiro, o grito de guerra daquela era: “Não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa (...) Enquanto eles se batem, dê um rolê e você vai ouvir”.
                  As gerações mudam, os ídolos se reciclam, a economia tem altos e baixos, presidente brasileiro sofre impeachment, os jovens pitam a cara e mais uma vez fazem o quê? Vão às ruas, invadem a sua praia, como cantava a banda de rock Ultraje a Rigor. As cidades crescem, o morro desce o asfalto, a mídia alcança mais espaço e cada vez mais se confirma o poder da música como expressão número um povo. Era o rock BR dos anos 80 que expressava esse momento. Cazuza buscava por ideologia, Renato Russo indagava o país, os Titãs batiam de frente com a polícia e os Paralamas do Sucesso traduziam os barracos, palafitas e antenas de TV.

                  Ocupar o espaço físico e cibernético era o que o mangueboy Chico Science queria no “passeio pelo mundo livre”. Ele também organizou um movimento e retratou a cidade, a cultura e pobreza, não especificamente só do nordeste, mas sim um Brasil total. Um “rolezinho” que não vinha só da periferia e que transformou uma geração que recebia de forma avassaladora a globalização. Sendo assim, as histórias se repetem e a arte imita a vida (virce-versa). Vivemos em um anos 2000 na qual lá pelos anos 90, o grupo de maior fama em menor tempo de vida, Mamonas Assassinas, retrata a atualidade com a música “Chopis Centis”. É comprovação do caminhar paralelo entre música e política, pois como eles diziam: “Quanta gente, quanta alegria. A minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia.”

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vou me afogar na Onda Vaga

                                                                                                                                           
Vou começar esse texto com uma comparação bem nada a ver, mas que tem fundamento. Você já assistiu um show do Móveis Coloniais de Acaju? Gostando ou não do som dos caras, não podemos tirar o mérito de que suas apresentações são quase um culto. Mãozinha para cima, todo mundo pro lado direito, todo mundo pro lado esquerdo, um coro completo em todas músicas e coisas do tipo.
Foi assim que me senti ontem, na Noite Fora do Eixo, no Studio PE, opa, SP, no show da banda argentina Onda Vaga. A noite foi de celebração do lançamento do selo “Juntos!”, uma união entre o Studio SP e a Niceto Club (Brasil – Argentina). Casa lotada e toda a comunidade latina presente, cantando e dançando todas as músicas, e fazendo um culto à Onda Vaga. A festa latino-americana ainda contou com a banda carioca D Amor, mas não vem ao caso falar deles agora.
Conheci essa banda por acaso no Facebook e fiquei encantada primeiramente com a foto de divulgação deles. Cinco homens “guapos”, deitados numa cama, com cara de: “Acordamos agora, amor! Bom dia!”. Interessante, não? A curiosidade foi tanta, que quis ver se eles eram apenas mais uma banda bonitinha de homens barbados ou se tocavam bem de fato.

Sim, eles tocam maravilhosamente bem. Têm uma presença de palco incrível, misturam vários instrumentos que vão de trombone e violão à cajon e cavaquinho, e cantam canções divertidas, de amor, sonho e amizade. Clichê, né? Mas não é não...
A banda surgiu há 4 anos em Buenos Aires, têm 2 discos independentes lançados – Fuerte y Caliente (2008) e Espíritu Selvaje (2010) e fazem uma mistura sonora que transita entre a rumbia, cumbia, reggae, tango e folk-rock.
Os “guapos” (Nacho Rodríguez, Marcelo Blanco, Marcos Orellana, Tomás Justo e Germán Cohen) apresentaram um repertório praticamente baseado no primeiro disco (Fuerte y Caliente), convidaram ao palco uns amigos brasileiros que fizeram uma versão da música “Ir al Baile” para “Ir para a Balada” e ainda deram o ar da graça de conquistar paulistas e latinos, cantandando a música “Augusta, Angélica e Consolação”, do Tom Zé. Muy cariño!
A Onda Vaga é quase uma tsunami D Amor (com todo respeito à banda carioca), que dá vontade da gente se afogar de cabeça e bailar sempre a noite toda. Com toda certeza, o Brasil terá sempre braços abertos para recebê-los. Produtores, se liguem nestes meninos! 

Onda Vaga - Augusta, Angélica e Consolação

sábado, 26 de março de 2011

Almaz - Música brasileira tipo exportação

Embora muitas pessoas na platéia estivessem gritando “Burguesinha!! Burguesinha!!”, vou logo avisando: Não, ela não vem. Foi barrada na entrada do Citibank Hall, nesta última sexta-feira.
O Almaz se apresentou pela primeira vez em São Paulo, com um show repleto de adjetivos superlativados, que não cairia bem nessa construção de texto, se eu ficasse preenchendo cada frase com belíssimo, magnificentíssimo, grandíssimo e por aí vai.  O palco estava devidamente preparado para receber os maiores músicos do Brasil, com uma iluminação impecável de Franja (cá pra nós, um dos melhores iluminadores que já vi). Em ação estava o time que até nome de craque tem na escalação, composto Seu Jorge, Pupilo, Dengue, Da Lua e Lúcio Maia (Nação Zumbi, Pernambuco, Brasil, como Jorge apresentava).
O show começou com uma introdução grandiosa de Lúcio Maia na música “Errare Humano Est” (Jorge Ben), até que aos poucos foram entrando em campo Dengue, Pupilo e Da Lua. Para completar, Jorge, com uma capacidade única de dominar o palco, (en)cantou com aquela voz forte e leve ao mesmo tempo. Seguido por “Saudosa Bahia” (Noriel Vilela), “Cirandar” (Martinho da Vila) e “Carolina” (Seu Jorge), essas canções ganharam outra vida ao vivo, principalmente a última citada, com um arranjo marcante e maduro.
Formado em meados de 2008 para 2009, o Almaz surgiu a partir de um processo de criação da trilha sonora do longa “Linha de Passe”, do Walter Salles. Originalmente, formado com Antonio Pinto, eles trabalharam em cima de 18 canções, para apenas selecionarem 12 para entrar no disco. Este, vendido inicialmente nos Estados Unidos, Europa, Oceania e Ásia, teve uma repercussão enorme fora do Brasil para depois entrar aqui. É aquela velha conversinha de só valorizar o que vem de fora, enquanto a real musicalidade de riquezas múltiplas vem de origem brasileira. Fazer o que, né?  
Com isso, para apresentar “Cristina” (Tim Maia), Jorge convidou ao palco o próprio Antonio, que chegou a participar da primeira turnê do Almaz nos Estados Unidos, arrebentando na vigorosidade do contra baixo. Antes de apresentar “Every Body Loves the Sunshine” (Roy Ayers), que dar título ao disco, Jorge comentou da possibilidade de dividir o palco com o Roy no Brasil, no festival Black to Black, em Setembro. Essa canção ganha uma versão tão boa quanto a original, porém muito mais envolvente.
Um dos pontos mais altos do show começa na sequência de “Pai João” (Tribo Massahí), com uma percussão marcante de Da Lua, transformando a música no hit do Almaz. Em “Tempo de Amor” (Vinícius de Moraes e Baden Powell), tenho certeza que os compositores deste afro-samba incrível, ficaram felizes com essa versão tão intensa que foi apresentada. “Tive Razão” (Seu Jorge) foi emocionante. A música começou com um arranjo meio dub, meio reggae e foi cantada totalmente pelo público. A felicidade era vista tanto no palco, quanto na platéia. Assim como em “Rock With You” (Michael Jackson), que tinha a resposta do “All night” vinda também do público. O bloco de músicas mais fortes e emocionantes do show!
O fim seguiu com direito a versão de música de David Bowie e riffs pesados do Lúcio na introdução de “Mais Que Nada” (Jorge Ben), até que Jorge entrou no palco e cantou a música -  também carregada do coro da platéia. Ao apresentar a banda, a vibração era tão grande, que a vontade de gritar “Eu vim com a Nação Zumbi!” não faltou. 
A grandiosa apresentação teve um bis mais que especial. A platéia gritava para a volta dos meninos ao palco. “Xica da Silva” (Jorge Ben) foi divertidíssima com Jorge enaltecendo o “Rei Luis” Pupilo, depois veio “Juízo Final” (Nelson Cavaquinho) que ao vivo se tornou mais emocionante do que no disco. Fim? Não! Como disse Lúcio: “Toda primeira vez merece um carinho!”. E lá foi, mais uma vez, “Pai João”, fechando a noite com classe, muita energia e a certeza de que mais nunca o palco do Citibank Hall será o mesmo após este show.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Moda Sonora

Esses dias eu estava dando uma olhada nos sites de algumas lojas e nas novas coleções (primavera-verão 10/11). Além de me encantar com cada look maravilhoso (sim, sou apaixonada por moda também), fiquei vidrada pelo set list que rolava enquanto saía de uma roupa para outra.
Uma das marcas que mais gosto, a carioca do “Posto 9 de Ipanema”, Farm, sabe unir elegância visual e sonora em cada mudança de estação. “Ximbuktu” uma coleção africana com o pé na areia da praia, repleta de fauna e flora que traduzem a brisa da estação. Entenderam o conceito da moda? Não precisa, deixa pra lá... Agora, a trilha sonora do “Ximbuktu” é uma delícia!
A latinidade de Omara Portuondo, o rock-indie do The XX, o hulla-hulla de Cibelle, que se mistura com o dub do UB40, no reagge de Bob Marley, e desemboca nos timbres brasileiros de Mariana Aydar, Mart’nália e Céu. Bom hein? Ainda tem muito mais... Macy Gray, Jimmi Cliff, Janelle Monae, Mayra Andrade, Sara Tavares e por aí vai.
O bom dessa mistura de etnias musicais é propor a união e a descobertas do novo. Eu, por exemplo, me encantei pela voz lusitana de Sara Tavares, que não conhecia! Ela nasceu em Portugal, tem ascendência cabo-verdiana, cinco discos lançados, uma voz suave e envolvente.


Outra que foi paixão logo de cara, já que sou louca por samba, Mayra Andrade. Cubana de Havana, hoje vive em Paris, têm dois discos e já formou dueto com Lenine, Chico Buarque e Mariana Aydar. Depois disso, mereceu todos meus créditos! Sem falar na voz refinada que ela tem, claro.  


Vou deixar pra vocês um pouco do som da nova coleção da Farm e pra quem quiser assessar as novidades ou ouvir o set list, aí vai: http://www.farmrio.com.br/

Sara Tavares - Bom Feeling
Mayra Andrade - Comme Si'l en Pleuvait
Cibelle - Underneath the MangoTree
Mariana Aydar - Pras Bandas de Lá
The XX - Intro
UB40 - Red Red Wine
Céu - Rainha

domingo, 22 de agosto de 2010

#Tangolomango

Música tropical de humor universal

O novo disco de Silvia Machete, Extravaganza, lançado recentemente pelo selo Coqueiro Verde Records, poderia ter uma sequência nominal parecida com o primeiro, “Bomb of Love – Música Safada para Corações Românticos” (2006). Como assim? Explico: Poderia ser “Extravaganza – Música Sofisticada para Pessoas de Bom Humor”.
Nelson Motta uma vez a definiu como “sexy e hilária”. Mas os adjetivos para essa alma feminina vão além desses dois. Ela é performática e caricata por essência, criativa e inteligente por razão, elegante e envolvente por ser simplesmente mulher. Todas essas qualidades se encontram em uma cantora que não precisa de definições de gênero e que já está inclusa, e muito bem inclusa, na nova geração de cantoras brasileiras contemporâneas de qualidade.
Nesses quatro anos de um disco para o outro, o passarinho da Silvia Machete bateu asas e alcançou vôos altos, literalmente visto na belíssima capa floral, charmosa e secreta. Extravaganza é um disco de latinidade refinada para um país de poucas sonoridades multiculturais, provocativo sem ser careta e circense sem ser over.
“Yes, nós temos bananas!”. E assim, nessa efervescência, o disco abre com o paraíso tropical composto por Itamar Assumpção, em “Noite Torta”. Passando por uma marchinha “roqueada” em “Vou pra Rua” até uma folia irreverente e jazzística em “Meu Carnaval”, Silvia mostra sua voz doce, afirmando sua potência como compositora. As parcerias, entre tantas, conta com a presença de Erasmo Carlos, numa balada romântica para gente aberta em “Feminino Frágil. A canção composta com o Tremedão, visto pela segunda vez com a Silvia (ela regravou “Gente Aberta” no primeiro disco), dialoga com “Mulher (Sexo Frágil)”, sucesso do Erasmo na fase pós-Jovem Guarda. A melodia inocente e meiga de “Sábado e Domingo”, afirma o encontro das sensações engraçadas e sentimentos verdadeiros. Já em “Manjar de Reis”, Silvia se encontra num Jorge Mauter dançante e ambíguo, quando se é pedido: “Quero a tua nudez/ Da cabeça aos pés/ Quero que sem timidez/ Tu chupes picolés”.
“Tropical Extravaganza”, música que inspirou o título do disco, tem um tom de “somos las muchachas de Copacabana”, representando perfeitamente a energia e particularidade de toda essa mistura sonora e tropical estravagante do disco. “A Cigarra”, melodia em homenagem à grande Mercedes Sosa, é uma volta por cima de uma “mulher guerreira” com um humor fantasioso, assim como em “O Baixo”, de imaginação infantil e sacana. O pomar e a flora colorida do Brasil, também estão presentes no hulla-hulla de “Underneath the Mango Tree”. A imagem feminina é tema, mais uma vez, na penúltima faixa do disco, “Fim de Festa”, remetendo um pouco ao título e contexto de “Toda Bêbada Canta”, canção clássica do primeiro disco de Silvia Machete. Por fim, o arranjo mais forte de Extravaganza, “Coração Valente” fecha o disco seguindo a mesma temática humorada, marcante, femme fatale e brasileira desta cantora que se afirma em um picadeiro carnavalesco e sensual de sua carreira e obra.
Extravaganza é um disco para ouvir, dançar, sorrir e soltar as garras femininas. É um trabalho sonoro que brinca com a cultura brasileira de forma inteligente e delicada, e que com certeza, será consagrado nos palcos por onde a Silvia Machete passar, levando esse circo cheio de surpresas, ilusões e diversões super refinadas.  E assim concluo (re)afirmando: “Extravaganza – Música Sofisticada para Pessoas de Bom Humor”.


*Foto - Crédito: Caroline Bittencourt

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Só um trechinho

Hoje de manhã saiu a programação do No Ar: Coquetel Molotov 2010. O festival vai acontecer durante todo o mês de setembro, com shows gratuitos no Pátio de São Pedro, seminários, oficinas e debates. Nos dias 24 e 25 do mesmo mês, o NACM trás para o Teatro UFPE: Soko, Otto, Voyeur, Taxi Taxi!, A Banda de Joseph Tourton, Eemicida, Do Amor, Dinosaur Jr e mais pupilinhos que vão agradar o público “indie” do Recife. Mais informações sobre o festival e a programação completa no blog oficial: http://www.coquetelmolotov.com.br/blog/



Mudanças no show de Los Hermanos! Lugar, valor, produtora e tudo mais. O show agora vai ser no Pavilhão do Centro de Convenções, a produção fica por conta da D&E Entretenimento, que também faz o Ceará Music. Os ingressos começam a serem vendidos amanhã, no Centro de Convenções ou no site do Ingresso Rápido, nos valores de: R$60,00 (inteira) R$30,00 (meia) R$70,00 (camarote mezanino). 
Informando que: Cada pessoa só pode comprar quartro ingressos e tem de apresentar carteira de estudante no ato da compra.
Preparado pra odisséia da fila do ingresso? Então vá, porque na nossa contagem regressiva faltam 57 dias!!




Encerrando a turnê do último disco lançado, A Arte de Fazer Barulho, Marcelo D2 agora colhe os frutos do próximo projeto. “Marcelo D2 Canta Bezerra da Silva”, produzido por Leandro Sapuchay, tem pérolas do Bezerra (1927 – 2005) como Defundo Caguete, Candidato Caô Caô, Overdose de Cocada, Malandro É Malandro, Mané É Mané e muito mais. A capa do disco também entra totalmente no clima de homenagem e reproduz o disco “Eu Não Sou Santo” (1990) no estilo samba e hip-hop do D2.



Cada dia que passa as crianças estão mais espertas e exigindo do bom e do melhor. E se você acha que as músicas que elas gostam são só no estilo Xuxa, Patati-Patatá e trilhas de desenhos animados, estão enganados! Adriana Partimpim já está no segundo volume e é uma delícia de obra. Outros que eu indico muito, não só pra criançada mas pros adultos de boa audição, são o Pequeno Cidadão, do Arnaldo Antunes e do Edgar Scandurra e o mais novo do Pato Fu, Música de Brinquedo.
E por falar em Pato Fu, eles chegam com esse novo universo no Recife, dia 10 de setembro, no Teatro da UFPE.

Um dos maiores gênios da MPB se chama Jorge Mautner. Poeta, compositor, dramaturgo e criador da Teoria do Kaos, Jorge transcende. Sua música é entoada por diversos cantores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Chico Science e Nação Zumbi. Muitos jovens que não conhecem a real importância desse mestre na história musical brasileira, agora podem ver suas obras nas vozes de Otto, Ana Cañas, Nina Becker... E por falar em Nina Becker, ela acaba de lançar dois discos que variam entre tons de “Azul” e “Vermelho” e em ambos, com regravações de clássicos do Jorge como Samba-Jambo e Lágrimas Negras