quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vou me afogar na Onda Vaga

                                                                                                                                           
Vou começar esse texto com uma comparação bem nada a ver, mas que tem fundamento. Você já assistiu um show do Móveis Coloniais de Acaju? Gostando ou não do som dos caras, não podemos tirar o mérito de que suas apresentações são quase um culto. Mãozinha para cima, todo mundo pro lado direito, todo mundo pro lado esquerdo, um coro completo em todas músicas e coisas do tipo.
Foi assim que me senti ontem, na Noite Fora do Eixo, no Studio PE, opa, SP, no show da banda argentina Onda Vaga. A noite foi de celebração do lançamento do selo “Juntos!”, uma união entre o Studio SP e a Niceto Club (Brasil – Argentina). Casa lotada e toda a comunidade latina presente, cantando e dançando todas as músicas, e fazendo um culto à Onda Vaga. A festa latino-americana ainda contou com a banda carioca D Amor, mas não vem ao caso falar deles agora.
Conheci essa banda por acaso no Facebook e fiquei encantada primeiramente com a foto de divulgação deles. Cinco homens “guapos”, deitados numa cama, com cara de: “Acordamos agora, amor! Bom dia!”. Interessante, não? A curiosidade foi tanta, que quis ver se eles eram apenas mais uma banda bonitinha de homens barbados ou se tocavam bem de fato.

Sim, eles tocam maravilhosamente bem. Têm uma presença de palco incrível, misturam vários instrumentos que vão de trombone e violão à cajon e cavaquinho, e cantam canções divertidas, de amor, sonho e amizade. Clichê, né? Mas não é não...
A banda surgiu há 4 anos em Buenos Aires, têm 2 discos independentes lançados – Fuerte y Caliente (2008) e Espíritu Selvaje (2010) e fazem uma mistura sonora que transita entre a rumbia, cumbia, reggae, tango e folk-rock.
Os “guapos” (Nacho Rodríguez, Marcelo Blanco, Marcos Orellana, Tomás Justo e Germán Cohen) apresentaram um repertório praticamente baseado no primeiro disco (Fuerte y Caliente), convidaram ao palco uns amigos brasileiros que fizeram uma versão da música “Ir al Baile” para “Ir para a Balada” e ainda deram o ar da graça de conquistar paulistas e latinos, cantandando a música “Augusta, Angélica e Consolação”, do Tom Zé. Muy cariño!
A Onda Vaga é quase uma tsunami D Amor (com todo respeito à banda carioca), que dá vontade da gente se afogar de cabeça e bailar sempre a noite toda. Com toda certeza, o Brasil terá sempre braços abertos para recebê-los. Produtores, se liguem nestes meninos! 

Onda Vaga - Augusta, Angélica e Consolação