Eu tenho juízo mas não uso. É impressionante como as pessoas me dizem isso. Mas sabe, eu tenho! Apenas sei o momento certo de usa-lo, pois o tempo todo é muito ruim. Porque, de fato, o importante é a postura que a pessoa assuma. No mais, a diferença é nenhuma!
Pra mim, felicidade não precisa de culpa. Ela simplesmente é higiene mental, um exercício da alma. Sou muito sonhadora e sei que amanhã pode ser tarde pra recuperar o tempo que eu passo sonhando acordada com a felicidade. Eu topo tudo pra chegar no primeiro lugar que eu nem sei, mas deve, ser melhor do que aqui.
Sou uma mulher calada, que assiste tudo com atenção. Uma vagabunda globalizada, mas que move o mundo apenas sendo sentimental. Eu tenho classe, valho ouro e o peso que tenho. Não é à toa que sou o mistério do fundo do olho. Meu samba é guerreiro e pede avenidas! Quando estou feliz, tenho o sorriso maior que a boca: AUMENTA O VOLUME DO SORRISO DELA! Quando estou triste, fico transparentemente não afim de nada: PODE GRITAR QUE ELA NÃO ESCUTA!
Pobre, feliz de mim.
Tudo que eu toco se transforma em lembrança porque sei que atirador tarda, mas não falha.
Fui abduzida pelo fio do walkman e no meu ouvido só toca a mesma canção. É aquela que diz: “Só um pouco do que eu sinto por você, daria pra tapar o sol”. Claro, se eu olho pro sol é pra cegar o juízo... Também, não tem como fechar o olho pra você.
Eu tenho medo que esse tanto amor seja tragado pela boca leviana da cidade. Nós selamos um compromisso sem que seja reveillon, sem nenhum ano bom. Já prometemos um ao outro que nos casaríamos e formaríamos um casal de fino trato. Que vamos ter do bom e do melhor pra beber e pra fumar. Um filho mulato, mas quem sabe quatro. Ah, claro, um chalé a beira mato!
Aí, realmente era tudo que eu queria! Um tempo da gente ficar junto, um tempo de eu enlouquecer com você. Que eu pudesse realmente dizer: GRUDA! Trance em mim, cresça sobre mim.
Placas que agora se chocam, estavam unidas instantes atrás. Os bêbados na padaria não sabem a falta que você me faz. Remorsos rondam a cama. Solidão, psicodrama, conversa pra boi dormir é só eu que tô sem você. Os dias têm menos dia de sol. Dias curtos, pro meu coração burro que ta numa garrafa de vidro.
O amor é desumano, duvidando sem saber e crescendo na ausência, na urgência de querer. Às vezes me pego pensando no nosso barco de flores, no nosso giro aos arredores rumo ao centro do prazer, na nossa casa, no nosso sonho de voar o mundo afora... Mas como tem passado pra esquecer!
Por isso que eu me privo e te guardo no pensamento intacto e feliz pra sempre. Porque eu também sei que fica mais fácil você gostar de mim quando eu não estou. Mas ao mesmo tempo, você, se pede pra me ver, parece compaixão, parece pena, perdão... Não sei, não sei!
Todo mundo faz um filme com a lente da mente, cada ser tem sonhos a sua maneira. Minha vontade maior era de dizer: Adeus, um beijo pra você, a gente se vê... Se der! Mas eu não consigo! Se eu não sei viver sem ele, então meu plano morreu.
Mas também, quando você aparece, a flor do sentimento volta a abrir. E demoramos num beijo, perdemos a voz, a língua, a noção... Depois nossas roupas ficam suadas no tapete, esquecida de nós... E eu te peço pra ficar no mínimo, no máximo uma noite, porque é de um pouco disso tudo que eu preciso. Tudo basta! Basta que sacie a sede de amor.
Nosso romance sempre é um belo, estranho dia de se ter alegria. Porque do nada, acontece uma revolução no meu mundo particular e o que eu mais desejo, é juntar tudo de nós dois, chegar no mar e jogar! Deixar que a maré me leve pra longe, onde a memória e teu nome me foge.
Mas novamente, eu não consigo! Todo grande amor vem de um coração burro e puro, e todo meu argumento fica sem assunto. Porque é amor. Porque eu sou o amor!
Enfim, pode aproximar. Só deixa o último minuto da história pra mim!
Nenhum comentário:
Postar um comentário