segunda-feira, 24 de maio de 2010

Muitas onomatopéias para Calavera

Wow! Essa realmente é a sensação que pode ser descrita ao escutar o novo disco do Guizado, Calavera. Lançado esta semana pelo selo Punx em parceria com a Trama e disponibilizado para download gratuito pelo Álbum Virtual da Trama, o segundo álbum do trompetista e manipulador de efeitos e brinquedinhos eletrônicos, vem muito menos experimental que o primeiro, Punx (2008).
Calavera trouxe um Guizado menos instrumental e com uma estrutura musical mais harmônica, de arranjos de forte impacto e etnias rítmicas. As músicas continuam com a mesma identidade do músico, mas com uma liberdade maior para brincar com as influências e todos os recursos da música eletrônica e do rock. Das 11 faixas do disco, 6 são cantadas em uma atmosfera de letras solares, cheias de energias celestiais e praieiras, e dos quatro elementos filosóficos. As canções giram em torno de vozes com sobreposições e muitos efeitos, mas sem se tornarem mais importantes do que toda a construção das melodias.
Além de uma banda formada só por músicos de qualidade altíssima e que tocam em todas as faixas do Calavera, como Curumin (bateria), Rian Baptista (baixo), Régis Damasceno (guitarra), o disco ainda conta com a participação de duas moças de vozes suaves e incomparáveis: Céu em Skate Phaser e Karina Buhr em Girando. Já o lado instrumental do disco, se destacam as músicas Calavera (que se fez digna ao nome do disco, tendo menos bases eletrônicas e mais o som orgânico do trompete, da percussão e guitarra), Rolê Beleza (com um envolvimento místicos e latinos) e a instigante Asfalto Quente.
Um disco pra você viajar de corpo e mente, sozinho ou acompanhado e em total sintonia com os pensamentos, desejos, sensações e momentos. Para ouvir no amanhecer, no pôr-do-sol, com o céu estrelado ou em tempestade. 

Um comentário:

Guizado. disse...

Sensacional escrita, muito legal de ler!
Valeu.